8:22 PM
Dante: Mantinha o olhar sobre a mulher de joelhos próxima de si.. Pq se dobrava desta forma? Ergueu os olhos acinzentados na direção de seu irmão e então pode ver a mulher que ele trazia consigo.. Bela.. E por alguns segundos não conseguiu desviar os olhos dela.. Apenas o fez quando escutou a voz de Vergill novamente a falar com Lucia.. Era esse o nome da mulher então? - Vergill.. O que está acontecendo com vc? Deu pra desperdiçar carne de primeira agora? - deu de ombros voltando os olhos para a mulher de roupas de couro que ele tinha nos braços - Bom.. Concordo que não é tanto de primeira assim.. Mas.. De qualquer modo ainda tem alguma qualidade.. - ele dava mais dois passos e os pés tocavam a ponta do precipício - Façamos assim Vergill.. Eu tb preciso de escravas.. E não quero me dar o trabalho de procurar e adestrar alguma por enquanto.. Ela te desrespeitou trazendo alguém que não queria? E vc não a quer mais? Dê-me de presente.. Vc tá me devendo mesmo, pelo último natal que passamos juntos.. - sorriu de leve mantendo os olhos que voltavam ao tom de azul natural.. Não acreditava no que o irmão havia se tornado - Eu realizo um outro trabalho que queira... Que talvez lhe seja de maior importância.. E me dá esta cadela como um prêmio por bons serviços prestados.. O que acha? - machismo? Não uma forma de tentar mantê-la viva, sem despertar a desconfiança do irmão
Trish: Sentiu as tiras de couro serem repuxadas, e logo se aproximou mais de Vergill, sem tirar os olhos dos dele, enquanto sentiu a outra mão que envolvia sua cintura, recostou o corpo ao do homem, sem tirar aquela claridão esmeralda do contato com ele, suspirou fundo, e fechou lentamente os olhos quando sentiu o nariz que tocava seu pescoço alvo, recostando a face a de Vergill, cheiro de Trish era de flores, era como cheirar um capo de paz, de flores coloridas que abrigam corpos de amantes as escondidas, ou a loucura do momento, logo que Vergill afastou o rosto e a encarou, ela pode sentir a mão que ia a sua face, acariciando-a, olhou de canto de olhos para Lucia e depois que Vergill falou voltou sua atenção totalmente a ele, após ouvi-lo, pensou que ele pouparia a bela ruiva, e quase se deixou sorrir, apenas um leve tremer nos lábios, que não durou muito ao sentir o olhar se desviar do seu e voltar ao de Dante, Trish fez o mesmo encarando o rapaz, e não tirou os olhos dos dele um instante sequer talvez o pedido de poupar a ruiva fosse a ele agora, Trish mantinha as mãos abaixadas ao lado do corpo, e este recostado ao de Vergill, em total silencio, assistia a cena, já vira Vergill mandar matar e torturar tantos mas sempre lutava para não ter que ver novamente, ainda mais Lucia....
Lucia: Mantinha-se de joelhos, não tinha forças para se erguer, era como se alguma coisa prendesse seus joelhos ao chão, ouvia a Vergill, e sabia que era Trish quem havia pedido que lhe poupasse, em seu silencio a loira era a quem mais se expressava ali, mantinha a cabeça baixa os cabelos vermelhos que se desfaziam do coque a tomar o rosto, um tanto volumosos, o logo pode o ouvir dizer para Dante mata-la novamente que não iria atender ao pedido de Trish, e depois ouviu a Dante, o jogo de palavras que Dante fazia, a chance que tentava poupar a vida dela, enganando a Vergill, dizendo que a queria como escrava, e Vergill? Será que entregaria assim a escrava de mão beijada? Sem exigir tortura pela desobediência? Sem exigir que Dante a torturasse para ele assistir como forma de ter certeza que o irmão estava a seu lado?....Lucia suspirava fundo mas mantinha-se forte, não iria se lamentar, chorar ou implorar misericórdia, Vergill certamente solucionaria aquilo de um modo deturpado como sempre fazia contudo, e Trish iria chorar em silencio mais uma atrocidade de seu Senhor
Vergill: Escutava o irmão.. Em silêncio deixando as mãos a acariciar a cintura da mulher que tinha junto a si.. Não mais a olhava, embora soubesse que os olhos esmeraldas agora pousavam sobre o rapaz que em muito se parecia com Vergill, mesmos cabelos imaculadamente brancos, mesmos detalhes do rosto, porem um pouco mais jovem.. Escutava a proposta de Dante, de querer Lucia por escrava* - E o que o faz pensar que ela lhe seria uma boa serva, Dan? Ela traiu a minha confiança saindo daqui para buscar um algoz para por fim na minha vida.. - meneava a cabeça como se fora um movimento errôneo por parte da mulher - Não há como por fim na minha vida, tola criatura.. - e então o olhar brandamente vertia para a mulher de joelhos. - Mas.. Não deixa de ser uma generosa proposta, Dan.. Mas praticar serviços a meu favor não me provariam que realmente está do meu lado, e não a tentar usurpar meu lugar aqui dentro..Ou mesmo retirar-me daqui.. Eu tenho acompanhado seus feitos.. Arauto de John Constantine.. - ele deixou-se sorrir - Mandando de volta os serviçais de Mundus.. Isto não é muito inteligente.. E manter você aqui no inferno também não o seria.. Não com Mundus a habitar este mesmo lugar...
Dante: Não desviava os olhos do irmão, embora a certeza de que aquela imensidão esmeralda pousava sobre ele o fizesse querer desviar a atenção, não o fez.. Precisava que o irmão acreditasse no que ele falava - Ora, Vil.. Então só procurou se informar sobre os retardados que o Mundus enviava para me matar? Nunca prestou atenção nos emplumados que devolvi para Elohin tb? - riu quando o irmão fez a analogia a Constantine - Digamos que eu estava como autônomo, cuidando do equilíbrio lá de cima.. Da mesma forma que controla seu feudo.. Que preza pelo bom andamento disto aqui.. Eu prezo pelo mundo em que habito..- deixou os olhos verterem para trás quando Vergill falava da obediência de Lucia - Simples.. Porque caso ela me desobedeça.. Eu não vou mandar alguém matá-la...- ele voltava o rosto para o irmão deixando os olhos passarem pelos verdes de Trish - Eu mesmo a degolo... Simples assim..- dava mais um passo e os pés estavam metade para beira do precipício - Não precisa me manter aqui.. Eu particularmente acho que seria tedioso permanecer aqui dentro.. Sem muito que fazer se não arar a terra com almas sofridas.. - balançava negativamente a cabeça - Não.. Não é isso que eu quero..- Dante lutava contra si mesmo e o desejo de socar o irmão, o colocar no ombro e leva-lo embora dali, bater nele até que toda e qualquer influência das trevas tivesse saído do corpo de Vergill que agora lhe parecia um pouco maior e mais forte que quando vivo - Eu posso cuidar dos seus interesses em terra.. Com passagem livre para estar aqui quando precisar.. E... - suspirou, deixando os olhos pousarem na mulher por alguns segundos para desviá-lo novamente ao irmão - E eu juro solenemente não pentelhar a vida do Mundus..... Ao menos não por enquanto...
Trish: Ficava atônita, não bastasse toda a humilhação que Lucia sofria, agora teria que pertencer a outro homem? Vergill a queria destruir mesmo, os olhos focavam-se em Dante, ele seria outro mercenário desgraçado?...Que agora queria Lucia para si, apenas para não ter que procurar outra escrava no Inferno? E pior usa-la quando estivesse entediado?...Trish ao ouvir aquilo desviou os olhos de Dante, e depois que passou pelos de Vergill desviou também, virando o rosto pro lado oposto o da cena, abaixou a face e focou o vácuo, o vácuo do sentimento daqueles seres que a rondavam, nada mais quis falar ou fazer, ou falar com qualquer um deles, Vergill estava desconfiado das boas intenções do homem que parecia conhecer tão bem, e que por ter sua mesma fisionomia Trish pode concluir que era seu irmão, e ele desconfiava da própria família e falava de Mundus agora, aquele desgraçado que reinava em todo aquele Inferno em que viviam, o único a quem Vergill parecia ouvir e obedecer, voltou a face novamente a de Vergill, e logo sussurrou - Meu Senhor....Creio que a proposta de seu irmão é generosa, talvez ele saiba cuidar melhor de Lucia do que o Senhor...- falava de modo ingênuo não na intenção de ofender ou macular Vergill, apenas queria poupar a vida da pobre Lucia, e pior do que Vergill a tratava Dante não iria tratá-la, então dos males o menor
Lucia: Ouvia a toda a conversa, a "negociação" de si própria, novamente era um objeto que passava da mão de um a outro a cada trecho da conversa, e nunca sabia nas mãos de quem iria permanecer afinal, detestava ser tratada daquele jeito, antes tinha sua soberania, seu pedaço de Terra., seus escravos, suas almas, por um único erro perdera tudo e devia submissão eterna a Vergill, mas Dante contrapunha a falta de vontade de Vergill de entregar Lucia a ele, e dizia que seria um negocio vantajoso e que não ficaria ali a todo o momento, apenas seria um bom aliado de Vergill a Terra, e ela o que seria? A escrava que Dante arrastaria para todos os cantos como Vergill fazia com Trish?....Ergueu um pouco a face e fitou a loira que finalmente falava com Vergill, sua voz baixa, melodiosa, era estranho, Trish mais lembrava um anjo do que uma infernalista, um anjo perdido no Inferno. Lembrou-se de quando Vergill a trouxe, após tirar a criança de seus pais, a viu crescer e tornar-se o que é hoje, a Preferida de Vergill, e lembrou-se de que Vergill tomou a menina ainda pequena e a moldou como bem quis, nem esperou ela fazer 14 anos para possuí-la, tinha uma ansiedade que nunca terminou, e não sabia o que diabos ele vira na menina, que se mantinha a maior parte do tempo calada e a outra a receber ordens
Vergill: Escutou o que ele dizia calmamente.. Tinha lá suas vantagens.. Havia muito acerca do Lexco.. E Dante talvez servisse a seus propósitos.. Conhecia os feitos do seu irmão.. Sabia dos demônios e dos anjos que ele enviava de volta para casa.. Simplesmente pelo prazer de peitar os dois lados.. Dante parecia se divertir com aquilo.. E um general precisava de braços direitos. Conhecia o sentimento do irmão, sabia que Dante não tentaria contra a vida dele a menos que não houvesse mais jeito - Tudo bem... A proposta é tentadora Dan.. - Trish virava o rosto para o lado obviamente entristecida com a negociação que reduzia a ruiva a nada mais, nada menos que um mero objeto mercante... E sorriu de leve, passando por trás da loira com a coleira.. Fazendo as tiras de couro que prendiam a coleira da mulher à sua mão rodeá-la pelo pescoço.. E escutou o que ela dizia sobre seu irmão saber cuidar da cadela ruiva melhor do que ele.. Os olhos de Vergill tornavam-se brancos.. Como se pudessem congelar o ar entre eles dois podia sentir as tiras finas de couro sendo apertadas contra a fina pele bronzeada - Está insinuando que não sei cuidar dos meus animais, Trish? - ele apertava sem se importar se aquilo a machucaria.. Vergill não ligava para sofrimento algum.. Não ligou para os sofrimentos aos quais sua mãe, Eva fora imposta.. Apertava ainda mais as tiras de couro a quase sufoca-la - Acaso não cuido bem de você? - as mãos dele iam ao pescoço, retirando os cabelos dela daquele lugar e deixou ver uma pequena tatuagem feita com algo que deveria ter queimado a pele da mulher.. Uma assinatura demoníaca de Vergill que indicava que ela lhe pertencia para todo o sempre, segundo as leis do inferno.. E então afrouxava as tiras de couro novamente, deixando as marcas que lhe queimaram a pele em pequenos fios - Feito Dante.. Tem a mulher.. E eu tenho você.... - ele voltou o corpo na direção do irmão e foi a vez de Vergill caminhar até a beira de seu precipício, ficando a alguns metros de Dante, separados pelo abismo entre eles
Dante: Escutou as palavras do irmão e percebeu a forma com certa decepção que a escrava de seu irmão o olhava.. Deu de ombros.. Nada poderia fazer.. A ruiva lhe havia feito um favor, levando-o até Vergill.. Ele havia pago o favor, salvando a vida dela.. Estavam quites.. Agora teria que andar com uma mulher reclamona a tira colo? O que faziam as escravas? Será que ela levava o jornal na boca até ele quando ele chegasse em casa? Não queria pensar nisso naquele momento.. Queria descobrir uma forma de quebrar a influência das trevas sobre seu irmão.. Percebeu a assinatura que Trish possuía.. Provavelmente Lucia tb tivesse semelhante.. A mulher ainda dizia que ele deveria cuidar melhor da ruiva que o irmão.. É.. A mulher não devia ter muita massa cinzenta.. Ou então nenhum amor à vida para se deixar falar uma asneira daquelas.. Viu a forma como o irmão acabava por deixar mais algumas marcas na bela pele e desviou os olhos acinzentados para o irmão quando ele concordava em dar-lhe Lucia como escrava .. E parecia ter mais algumas coisas em mente.. No que será que o usaria? Era engraçado como apos a influencia das trevas não reconhecia tão bem o irmão.. - Não vai se arrepender Vergill.. Seremos como uma família de novo.. É tudo que mais quero irmão...Mais uma coisa.. Eu continuo autônomo.. Sabe como é.. Busco a minha independência financeira.. - sorriu debochado enquanto os olhos pousavam sobre os de Vergill.. Se ele tinha tanto primor por aquela mulher uma das atitudes inteligentes seria não olhar para ela.. E demonstrar que não se importava. - E quanto a Mundus.. Apenas fiz uma trégua.. Não desisti de acabar com ele.. Pratos limpos?
Trish: Sentiu as tiras negras envolverem seu pescoço, enquanto Vergill ficava as suas costas e seguiu ele com os olhos a fazer isto, olhando assustada os olhos azuis límpidos de Vergill tornarem-se brancos, e teve a certeza que havia despertado sua fúria, olhou-o até onde conseguiu, depois que o teve as suas costas manteve o rosto voltado a frente, os olhos sobre Dante agora, apenas o olhando, não dava pra saber qual era a sua expressão a fitar Dante, mas esta se converteu a dor, quando ela sentiu as tiras prenderem-se ao pescoço, já o marcando, levou ambas as mãos ao pescoço, tentando aliviar as tiras mas mal conseguia apanha-las de tão rentes que estavam a pele, ouviu a perguntava dele, e sussurrou, a voz tremula quase não saia - Não, não Meu Senhor, eu não disse isto..- sentiu as tiras prenderem-se mais, e sussurrou - É quem mais sabe cuidar dos animais...- disse isto fitando Lucia com dó, ignorando um pouco a dor que sentia, mas logo sentiu as tiras apertarem-se mais, e o ar lhe faltar, o rosto começava a corar, e a dor de ter a pele queimada pela pressão das tiras de couro a fazia gemer já, sentiu os cabelos serem retirados do pescoço, e sabia que ele exibia a marca que fizera nela a todos, e até mesmo a ela mesma, como uma forma de dizer, que ela tinha mais que se calar o obedecer, sussurrou desviando o olhar de Dante e Lucia, e voltando-o ao chão - Você é quem melhor cuida de mim e poderia cuidar Vergill, por favor meu Senhor, em nenhum momento quis ofendê-lo...- sentiu com alivio as tiras serem afrouxadas, e suspirou fundo, levando a mão ao pescoço marcado em um tom avermelhado pela queimadura das tiras e tossiu, em seguida ouviu o que Vergill falava, e ao menos sua dor havia valido de algo, seguiu com Vergill para perto do precipício, e manteve a cabeça baixa, sem mais nada falar, ou olhar para Dante ou Lucia
Lucia: Não podia acreditar no que Trish acabara de falar, Trish era muito ingênua, Vergill nunca a deixara sair para conhecer qualquer coisa que não fosse ele e seus domínios, não tinha malicia, lábia, se Vergill a largasse certamente morreria em minutos ao julgar pelo seu comportamento, e Vergill obviamente não deixaria em branco, viu pelas mechas do cabelo vermelho que cobriam sua face, Vergill marcar a pele de Trish com as tiras, e Dante manter-se atônito a cena, e depois pode ouvir o veredicto de Vergill, dizendo que Dante podia ficar com Lucia, suspirou fundo, e apenas manteve-se ali de cabeça baixa, ouvindo o final da conversa sobre trégua, e parecia se não ter se mantido na mesma posição humilhante, agora estar numa pior, Dante devolveria a ela sua liberdade e poderes?...Obviamente não
Vergill: Sorriu escutando o que já sabia.. Sabia que Dante não desistiria de sua vingança pessoal, não seria o intempestivo nephilin se desistisse.. Apenas fez um meneio com a cabeça mantendo o olhar ao irmão - Não há oposição quanto a sua vida entre os humanos.. Alias eu assim prefiro.. Será um representante de meus domínios lá em cima.. - sorriu de leve.. Haveria ainda algum resquício de desconfianças no demônio? Não havia como descobrir - Algo como um mercenário.. Favores prestados boa recompensa.. Eu tb prefiro desta forma.... Irmão... - e pela primeira vez se referia a Dante desta forma.. Escutou as palavras de Trish que voltava a seu estado correto de ser, escrava..Era isso para ele.. A preferência dava-se apenas por ela manter algo que já havia se perdido dele.. Era quase um elo externo com o mundo mortal.. Talvez mesmo uma ligação de alguma forma a seu irmão Dante.. Mas nada mais que isso.. Não era a beleza da mulher.. Ou mesmo a forma submissa com a qual ela se portava.. Não.. Era igual a tantas outras naquilo.. Os olhos azuis de Vergill verteram para a mulher ajoelhada por alguns segundos antes de voltarem a seu irmão novamente - Ela é sua.. E você.. Tenho algo para você.. Mas primeiro.. Vou estudar o tabuleiro..- sorriu de leve - Já que acabo de ganhar um cavaleiro.. Tenho que reposicionar algumas peças em meu tabuleiro.. - O abismo que separava Vergill e Trish de Dante e Lucia se fechava e estavam novamente diante da sala suntuosa da residência de Vergill em seu feudo.. As mãos do demônio enrolavam-se em mais uma volta nas tiras de couro que serviam como guia da coleira de Trish e caminhou até os dois.. Passando por Dante.. Lucia pode sentir a mão de Vergill apertar-lhe com força o maxilar erguendo-a do chão daquela forma. - Conseguiu sua tão sonhada carta de alforria Lucia..- os lábios do demônio iam brandamente até a orelha da mulher e emitia num sussurro sibilante - Não sei se lhe felicito.. Ou lhe dou os pêsames, tola criatura... - ela podia escutar o ruído de um sorriso que surgia nos lábios finos do demônio.. E ele a largava.. Voltando o rosto para o irmão novamente, ficando de frente para Dante.. Encostando a testa na dele por alguns segundos.. Mantendo os olhos presos aos do irmão.. E então a mão de Vergill era levada até a nuca de Dante.. O jovem de cabelos brancos poderia sentir um queimar na região da nuca.. Vergill o estava marcando.. Estava lhe dando a sua assinatura.. Obediência? Sim.. Mas também serviria de proteção ao rapaz.. Com a assinatura de Vergill a trégua entre Mundus e Dante deveria ser mantida..
Dante: Observava as reações do irmão.. E percebeu o abismo desaparecer e a sala dar ares de uma grande casa grande colonial.. Moveis antigos e suntuosos adornavam o salão.. Predominando os tons de dourado, sorriu de leve - Não gosta das coisas pós modernas? Estão mais na moda...- brincou pensando em seu apartamento studio, vazio demais para aquela imensidão de coisas que Vergill possuía e a ele parecia uma ostentação estúpida de um poder que ele menosprezava.. Percebeu a aproximação de seu irmão e da tal Trish.. E não levou os olhos a ela, embora sua vontade suprema fosse essa.. Deixou que os olhos se mantivessem nos passos do irmão vendo-o passar por si.. E erguer a ruiva.. Cochichando algo ao ouvido dela antes de largá-la e vir até ele.. Deixou que a fronte de Vergill. Tocasse a sua.. E deteve os olhos acinzentados nos azuis de Vergill.. Sentiu a mão que lhe tomou a nuca.. E fechou momentaneamente os olhos.. Sabia o que estava para acontecer.. E sentiu o queimar que se desenhava em sua nuca.. Abaixo da tatuagem de um código de barras que possuía constantemente escondida pelos fios repicados do cabelo branco - Nunca pensou em usar uma esferográfica? - abriu os olhos deixando pousarem nos azuis do irmão novamente.. Antes de afastar o rosto do de Vergill
Trish: Ainda se recuperava da falta de ar que sofrera, passava as delicadas mãos pelo pescoço diversas vezes, o massageando de leve, sentia as marcas quentes sobre a pele como queimaduras mesmo, enquanto ouvia Vergill confirmar o acordo com Dante, trocara Lucia por um aliado, por ter seu irmão como aliado no mundo lá em cima, o mundo do qual tinha flashs de quando era pequena, sentiu novamente que Vergill a puxava e caminhou junto a ele, vendo que novamente voltavam a confortável sala a casa de Vergill, parou ao lado do mesmo, quando ele apanhou Lucia pelo maxilar, e voltou os olhos a Dante, fitando-o completamente atônita, por ele, como todos ali também se submeter a Vergill, os olhos denotavam decepção, por ser ele a escravizar Lucia agora, e depois ela viu Lucia se erguer e ficar ao lado de Dante, a pobre mulher nunca teria sua liberdade, embora Vergill falasse que ela havia conseguido, os olhos de Dante exprimiam mais crueldade que os de Vergill, Lucia parecia estar pedida de vez, depois Vergill se afastou da mulher e foi até Dante, e Trish percebeu que ele em nenhum momento a olhava, será que ela era tão desagradável aos olhos dele assim?...Suspirou fundo, e cerrou os olhos de leve em uma expressão de confusão, porque ele não a olhava?...Foi interrompida pelo corpo de Vergill que tomou a sua frente, e foi até Dante, tocando as faces e depois selando a união, ou melhor, a nova aquisição de Vergill, assim Trish pensava e Dante sempre parecia rebater tudo com cinismo e deboches, Trish virou o corpo de lado, e desviou o olhar novamente, caminhou lentamente na direção do sofá da sala, e sentou-se ao mesmo, esticando as pernas sobre ele em seguida, apoiou o cotovelo a ele, e a cabeça a mão, ficando no limite que as tiras de couro permitiam, voltou os olhos aos moveis, em silencio, fechava-se em si própria novamente
Lucia: Manteve-se de joelhos, e logo sentiu a mão forte de Vergill pegar em seu rosto, segurando-a sem qualquer delicadeza pelo maxilar a machucando e fazer ela se erguer, ficou calada o rosto voltado pro lado oposto ao de Vergill, sentiu os lábios ao ouvido e a frase que predizia seu destino, e quando ele se afastou, os olhos azuis apenas o seguiram, era a ultima vez que ele a humilhava, disto ele podia ter certeza, não havia conseguido sua liberdade, mas ao menos não pertencia mais aquele desgraçado, e aquilo era sim um passo, e Lucia teria tudo seu de volta e esmagaria Vergill, era uma promessa a si mesma, observou ele ir até Dante e marca-lo também, e sabia que em breve sua marca desaparecia, e sabe-se lá o que Diabos Dante faria com ela
Arquivos do Inferno
*Esse
é um jogo fictício, elaborado para cultura e distração dos players.*
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